Ainda criança, eu tinha como passatempo cuidar de uma horta que meu pai havia feito no fundo do quintal. Certo dia, ao regar, havia percebido que uma planta (não lembro o nome) tinha o seu broto quebrado. "Basta você arrancar o galho quebrado, e nascerá outro talo em seu lugar." Embora tenha ouvido isso, fiquei com pena, pois as folhas ainda estavam verdes e deixei como estava. No outro dia, retornei ao quintal e a planta quebrada estava se entortando, incapaz de aguentar seu próprio peso. Foi como ele disse, não havia escolha a não ser cortar a parte quebrada. Não havia opção, senão romper o galho e deixar que outro nascesse.
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Ontem, observando o pôr- do- sol no alto da cidade, fazia muito frio. Com goles de uma bebida quente acabei me pegando em alguns equívocos. Imaginava um futuro alternativo (mas quem não faz isso?) e angustiava com tudo isso. Creio que essas reações presentes sejam frutos de uma circunstância pessoal, incompreendida por mim mesmo, às vezes. Mas é um fato.
Só posso dizer que eu tenho a alternativa de arrancar o galho quebrado, mesmo que ele pareça estar saudável... Este galho são todos aqueles desejos de outrora, e aqueles que fluem ainda em mim. No entanto, volto a lembrar da minha infância, quando acreditei que deixando ele ali tudo ficaria bem, o que resultou na morte daquela planta. Por que o homem acaba remoendo lembranças da infancia para comparar com a realidade presente? Eu sou assim; várias vezes nunca me cansando disso, como um tolo, repetindo e repetindo a única coisa que sabe fazer, sendo assim, incapaz de romper aquilo que permite uma estabilidade.
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Ontem, observando o pôr- do- sol no alto da cidade, fazia muito frio. Com goles de uma bebida quente acabei me pegando em alguns equívocos. Imaginava um futuro alternativo (mas quem não faz isso?) e angustiava com tudo isso. Creio que essas reações presentes sejam frutos de uma circunstância pessoal, incompreendida por mim mesmo, às vezes. Mas é um fato.
Só posso dizer que eu tenho a alternativa de arrancar o galho quebrado, mesmo que ele pareça estar saudável... Este galho são todos aqueles desejos de outrora, e aqueles que fluem ainda em mim. No entanto, volto a lembrar da minha infância, quando acreditei que deixando ele ali tudo ficaria bem, o que resultou na morte daquela planta. Por que o homem acaba remoendo lembranças da infancia para comparar com a realidade presente? Eu sou assim; várias vezes nunca me cansando disso, como um tolo, repetindo e repetindo a única coisa que sabe fazer, sendo assim, incapaz de romper aquilo que permite uma estabilidade.
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