domingo, 14 de setembro de 2008

Liberdade, Interação e Liberdade


Mais uma vez ouvindo o album solo de Marcelo Camelo, me deparei com uma música em que ele faz parceria com Dominguinhos, cujo nome soa algo, digamos, utópico (ao menos nos meus pontos de vista acerca da vida): "Liberdade". Caiu como uma luva, logo num domingo em que tive a liberdade de passar com amigos em volta de uma mesa de sinuca, porém ainda não vinha no paladar o sabor de liberdade, aquela que possui tantas definições quanto às pessoas que opinam sobre ela. Talvez a liberdade esteja aberta ao íntimo humano. Não sei... vai saber, tanto faz... Abaixo, a letra da música:

Liberdade Marcelo Camelo

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão

Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade



Voltando ao domingo... havia interação em torno daquela mesa de sinuca. Eles pareciam felizes e descontraídos. Não joguei, pois não admito pagar micos além dos que o acaso me proporciona (risos); porém, sentado na mesa com uma garrafa de cerveja ao lado só pra mim, procurei me interagir com eles, e foi a gradável, de verdade. Registrando os momentos através de uma câmera, engraçado como reagiam à lente: nada formal, nenhuma pose séria; somente caretas, rrssss. Pra completar, acabei encontrando na internet uma animação japonesa que retrata um diálogo, o qual aborda temas como a liberdade e a necessidade (além de importância) de se interagir com os elementos externos, incluindo os humanos ("?"). Confiram, e espero contribuir em alguma coisa:

2 comentários:

Clédson Miranda disse...

Cara, que anime interesante! Ele consegue sintetizar as teses básicas do livro da Sartre: "O Ser e o Nada - ensaio de ontologia fenomenológica".

As teses fundamentais da Fenomenologia estão contidas nesse pequeno anime: o ser-em-si, o ser-para-o-outro, a consciência, a percepção, o corpo, os outros, o nada, o mundo, a relação eu-mundo-outros... puxa quanta informação contida... e eu que detesto desenho japonês (figuras humanas com olhos grandes!)... e amo a Fenomenologia... vou começar a assistir mais!

Eis o poder da imagem cinematográfica: dizer as coisas num nível da articulação entre o racional e o afetivo!

Obrigado por mais esta intuição... já estou escrevendo sobre isso! (rsrsrs)

*** Cris *** disse...

Que vídeo interessante, retrata bem o que somos no meio do nada e do tudo.Às vezes fico pensando nessa tal de liberdade...acho que ela tá dentro de nós...Um abraço!