Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia
Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho
Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!
Irreconhecívelmente realista, Nando Reis compõe esta canção. Compatibiliza com todo aquele que perde partes de si durante o seu cotidiano. Compatibiliza também com aqueles, cuja necessidade de interagir é tão grande, que entrega ao outro a sua forma, desconhecendo- a mais tarde. Na perda, o leve toque proporciona uma estranheza ("Até que ponto eu deixei isso acontecer?"); a barba neste aspecto não são para os esclarecidos.
E a adaptação? É capaz de aceitar no momento de redescobrimento do eu?
Abaixo disponibilizo Nando Reis com participação de Arnaldo Antunes. Genialidade e sensibilidade existiu neste momento.
E a adaptação? É capaz de aceitar no momento de redescobrimento do eu?
Abaixo disponibilizo Nando Reis com participação de Arnaldo Antunes. Genialidade e sensibilidade existiu neste momento.
2 comentários:
Olá!
Bela canção...uma poesia realista.
Bjs!
Bom fim de semana!
Olá,
Estou aqui para divulgar o blog “Sempre em Trânsito, destinado à postagem em resumo aos últimos acontecimentos da nossa sociedade.
Aberto a sugestões, comentários e críticas construtivas.
Agradeço desde já!
Grato, Edson Nunes.
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