quinta-feira, 5 de maio de 2011

A maternidade no cinema.



Hoje, segundo domingo do mês de maio, é consagrado como o "dia das mães”. O cinema, por muitas vezes, constrói ao espectador uma preocupação entre a relação do personagem com o seio materno, e como isso determina o perfil psicológico do mesmo - algumas vezes justificando muitos de seus atos. Entre outras, o personagem é a própria mãe como protagonista, que constrói uma trama em torno de si e de seu amor (ou ódio) por seus filhos, trazendo à tona a capacidade de romper limites para proteger a sua cria.

Em clima da data, resolvi escolher (entre tantos) alguns filmes que tem como roteiro a forte presença materna, e como esta é importante durante todo o filme. Claro que há uma safra imensa de filmes desta temática, porém escolhi alguns que vi recentemente e outros que veio à mente:

1 - Tudo sobre a minha mãe (1999)

Almodóvar explora neste filme o sofrimento materno onde a personagem, uma mãe solteira, perde seu filho que é atropelado e morto no dia de seu próprio aniversário. Diante do acontecimento, ela vai à busca do pai do jovem, que atualmente é um travesti e não fazia idéia acerca da existência do filho. Um filme envolvido a encontros inesperados e relações com pessoas, cujas vidas encontram-se mergulhadas em experiências inusitadas.


2 - Adeus, Lênin! (2003)

Dirigido por Wolfganger Becker, o filme é uma comédia que se passa na Alemanha durante a destruição do muro de Berlim e, consequentemente, a queda do socialismo na Alemanha oriental. Antes deste acontecimento, a mãe de Alexander (vivido pelo ator Daniel Brühl), militante, passa mal ao ver seu filho ser preso por militares. Ao despertar, Berlim já se encontra invadida pela cultura capitalista. Temendo que sua mãe tenha uma reação grave à mudança, comprometendo a sua saúde, Alexander cria um espaço conservado à cultura socialista, a fim de esconder os acontecimentos.

3 - Eu matei a minha mãe (2009)

Drama do jovem diretor e ator Xavier Dolan, o filme aborda a relação de amor e ódio entre Hubert (vivido pelo próprio Dolan) e sua mãe, que vivem sozinhos no mesmo espaço e não conseguem compreender as suas diferenças. Hupert odeia o visual brega da mãe, enquanto ela (interpretada por Anne Dorval) detesta a forma como ele lida com sua adolescência.

4 - Juno (2007)

Ellen Page retorna às telas interpretando a adolescente Juno, uma garota que, em sua primeira relação sexual com seu melhor amigo (Michael Cera, Scott Pilgrin), engravida. Não vendo condição alguma para cuidar da criança, ela busca um casal que esteja disposto a adotar o bebê. Encontra enfim uma mulher, personagem de Jennifer Garner (Alias), que não consegue engravidar e sonha em ser mãe. Uma boa comédia, com uma trilha sonora perfeita e bela fotografia, onde explora o drama da gravidez na adolescência, por um lado, e o sonho de se tornar mãe, por outro. Direção de Jason Reitman (Obrigado por fumar).

5 - Mother: a busca pela verdade.

Por fim, um dos mais belos filmes sobre o tema, produzido no ano de 2009. A trama, muito bem construída, é tecida em torno da personagem (onde seu nome não é mencionado no filme - e não possui importância, pois o próprio título já responde) que possui um filho ingênuo, apesar de seus 27 anos, incriminado por um crime que não cometeu. Sem apoio da polícia e da vizinhança, a mãe segue por conta própria em busca de encontrar a verdade e inocentar o seu filho. O diretor (Bong Joon-ho) faz questão de por a investigação como uma chave para entender a relação entre a mãe, interpretada por Kim Hye-ja, e seu filho, revelando ao espectador momentos finais ofegantes.




2 comentários:

Marco Antonio disse...

só consigo lembrar q, fora do cinema, ontem, numa conversa de rede social, um garoto, já saído da adolescência, disse q adora peitos e q ele vai sempre tomar sorvete num certo lugar só pra olhar para um par de mamas q explode de um decote. rs. no fim das contas, é cinema tb. rs. abs.

Alexandre Alves disse...

Rsrsrs Adorei seu comentário e essa analogia. A adolescência é sempre o momento perturbador de nossas vidas, graças ao olhar. Dele que fluem as idéias e fantasias.

Abraços!