quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A minha mão é o peso que carregarei por toda a minha vida.

Apertei, rasguei, apontei, estapeei, afaguei... apenas as más ações martelam na minha mente.

Um sol, um belo céu. Ainda sinto o teor cinzento. Culpa das minhas mãos.

Digito palavras, verbalizo amores. Não as sinto. Culpa das minhas mãos.

Leciono, incito às vivências em buscas das verdades. Vou ao banheiro, lavo o rosto, e minha máscara cai.

Culpa das minhas mãos.

Reflito sobre a paciência, ao ouvir a juventude, compreender a adolescência e seu vigor. Empurro uma debutante contra a parede e estapeio-lhe a cara. Culpa das minhas mãos.

Choro, penso em fumar, em beber, em me masturbar para esquecer os males que faço. Mas a minha mão não se move, pois está infectada pelo peso e amargor do arrempendimento.

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