domingo, 10 de abril de 2011

Either way

Ele acorda num domingo. Após o banho, conversa com a família, toma uma xícara de café e se posiciona em frente ao computador. Pensa em organizar a sua semana, iniciando pela tensa segunda-feira. Na verdade, a tensão já brota em pleno domingo, quando a ressaca lhe acorda com aquela dor de cabeça (praqueles que conseguiram sair no sábado).

Um domingo qualquer, onde ele desperta com o sentimento de ser tão perturbado quanto um personagem de Lars Von Trier. Ou tão reflexivo quanto um personagem de Godard. Mas ele acorda. Liga a televisão e se depara com a pior programação contida em seus canais.

Ouve Wilco, de preferência uma das melhores canções da banda, intitulada Either Way. Sempre diz que o Jeff Tweedy já teve estes momentos reflexivos sobre as turbulências que espancam a mente e, por isso, compôs esta música a fim de abraçar todo humano que se encontram neste estado.

Posta 140 caracteres no twitter que não produz nenhum efeito, e percebe que o virtual não é tão diferente do que é real. É como disse ontem, no mesmo site: “É a sensação de estender a mão para cumprimentar alguém, e esta permanece no vácuo”; ou “como se você se encontrasse num bar, com a música num volume alto, e você tenta fazer com sua voz se sobressaia”. E descobre que foi tudo isso ao mesmo tempo.

Assiste a alguns curtas; no momento não encontra tempo para assistir a qualquer longa metragem, por mais que a vontade seja imensa, e já havia selecionado filmes para este domingo; talvez à tarde... Enconta um curta que já havia visto há um tempo, e o assiste para matar a saudade, e relembra que ainda é possível que alguns encontros despertam a força de quebrar qualquer barreira (pelo menos no campo das idéias, como destaca no fim do mesmo curta). Intitulado de Nuit Blanche, foi dirigido por Arev Manoukian.

Enfim, sorriu. Um sorriso que durou exatamente um segundo.

Nenhum comentário: