sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Me Adaptar?

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

Irreconhecívelmente realista, Nando Reis compõe esta canção. Compatibiliza com todo aquele que perde partes de si durante o seu cotidiano. Compatibiliza também com aqueles, cuja necessidade de interagir é tão grande, que entrega ao outro a sua forma, desconhecendo- a mais tarde. Na perda, o leve toque proporciona uma estranheza ("Até que ponto eu deixei isso acontecer?"); a barba neste aspecto não são para os esclarecidos.
E a adaptação? É capaz de aceitar no momento de redescobrimento do eu?

Abaixo disponibilizo Nando Reis com participação de Arnaldo Antunes. Genialidade e sensibilidade existiu neste momento.




domingo, 16 de novembro de 2008

Entre o ser, o fazer. e o ser.

O Nome.
Este é o único símbolo de valor que o homem possui.
No entanto, para que este se concretize como algo valioso, é necessário estar vinculado com o que faço; com meus comportamentos.

Nesses dias na padaria presenciei um diálogo entre duas mulheres:
- Estava conversando com Alice no ônibus. Ela parecia abatida...
- Alice?! Quem é? Não conheço mais gorda.
- Nossa, você não se lembra? Ela estudou com a gente. É aquela que se atirava para os garotos na porta do colégio.
- Aaaah, agora me lembro... Não valia nada; e hoje é mãe né?

Eu sou meu nome.

Também sou aquilo que faço... Sou aquilo que faço?!

Carregamos em nosso nome um referencial... Todas as formas de vida carregam um referencial. As localizações de nossa cidade, carregam um referencial também. Eu não sei muitos nomes de ruas do centro da cidade, logo me baseio nas referências: um prédio, ou uma arvore, etc.

O nome não tem valor em si só. Eu me chamo Alexandre; há muitos Alexandre por aí. Não sou original até o momento em que meu referencial se sincroniza com o que sou. Alguns podem vangloriar o fato de ser Alexandre. Outros podem sujá-lo a ponto de meu nome ser equivalente a uma palavra obscena. Os atos expandem o nome; ele pode sujar qualquer nome que você tivesse. Seus documentos de identificação não são nada diante de seu ego. O nome nada mais é que um código identificador. Mas seus atos são o referencial para preencher o ambiente vazio; seu vaso acumulador de pensamentos; a escotilha de entrada para o ser; o trono da alma.

Mas sou aquilo que faço?
Entre o ser e o que aparento ser, o indivíduo continua a moldar seu nome à sua imagem e semelhança.





A ânsia de voltar ao Éden.
















Depois da bebida

E quando eu adormeço
Os objetos em minha casa se movem lentamente ao meu lado
E murmuram nomes secretos
Os nomes que geralmente escondem.
E quando desperto tento anotar estes nomes
Mas nomes reais são como areia
Que escorrem das minhas mãos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cianureto, Amigos e Felicidade xD


Racho de rir toda vez que vejo esse desenho que fiz, retratando os seres insanos com os quais convivi por quase um ano, e que consegui suportar (kkkkk).
Amizade é um laço embaraçoso. Durante este tempo tentamos desembaraçar, mas alguns acabam se enrolando mais ainda kkkkk
Vleu, os caaara! xD

(imagem, da esquerda pra direita: André, Leonardo, Roberto, Renato e eu)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Incondicional Amor





Incondicional: a única palavra em mente.














Bati os olhos no perfil do orkut de Leisis
e deparei-me com essa obra de arte totalmente
livre. Não precisaram ensair uma pose, tampouco
o beijo dele e a gratidão dela. O amor entre eles
fluiram de tal jeito que comoveu a todos que contemplaram
esta imagem.
Precisa encontrar mais palavras? Não, não é tão incompreensivel.
Basta amar aquela que te gerou.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Novembro de 2008

Nesses dias de calor, desejo inumanamente por um momento de chuva.

Bom, eu preferia um mês de inverno, impossível desejar algo que já foi contemplado no ciclo das estações do ano. Até as estações tem suas regras e cada uma tem seu momento de aparecer ao mundo... Talvez seja isso que atormenta nós, humanos.

Assim como a vontade de chover, desejo que uma calmaria tomasse conta de mim; poxa, logo agora que me sinto melhor fisicamente, vem a agonia mental; agonia esta que traz consigo um turbilhão de coisas: resumos a entregar, eventos da universidade, emprego, grana (maldito dinheiro que prende a liberdade), alguém, ninguém, apenas eu, uma companhia, uma boa cerveja, uma limonada... a importância se une com a trivialidade e revela uma pancada de calor.
Ei, cadê aquela sombra que estava aqui?

Ouço músicas que lembram um momento bom... naquele dia estava nublado. Foi numa estação boa e, por mais que eu diga que hoje estou "de boa", me pego lembrando daquilo que passou.

Recebo uma ligação de um amigo que diz onde diz que a previsão do tempo aponta uma chuva legal nos próximos dias.

Prefiro viver o presente, o futuro ao caos pertence.



segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Carregando pedras dentro de mim, contemplei o amor que duvidava de pessoas para comigo. Sentimento brega, mas achei nobre da parte deles e me considerei insensato.


O que são sentimentos? Sinto a necessidade de acreditar que eles só possuem valores nos momentos em que são revelados; melhor dizendo: sentia, uma vez que comecei a aceitar as necessidades de escondê-los, por mais bonitos que sejam. Há pessoas que costumam esconder suas coisas mais valiosas em lugares secretos, talvez seja isso que alguns fazem com aquilo que sentem pelos outros. Eu sou assim tambem (risos)... escondo os bons sentimentos; uma crença egoísta? Não, uma necessidade humana. Somente isso.


Aprendi a tornar minha a felicidade dos outros; a felicidade daqueles que estimo me nutre de forma homeopática. Com alguns, desejaria compartilhar de maior forma os estados satisfatórios; no entanto, a visão externa é mais abrangente e nem tudo o que desejo alcanço, mesmo quando tenho a oportunidade de possuí-lo. A mulher, cuja alma repolsa dentro de mentes inquietas, remói a idéia de uma "felicidade clandestina". Logo, bem- aventurados aqueles que, clandestinamente, degustam da felicidade dos outros.

sábado, 1 de novembro de 2008

Oxente mai gódi...


Ontem, 31 de Outubro...
Abrasileiramos mais uma festa norte americana: O Halloween... De mim se está digitado da maneira certa, poderia dizer Reloin, ou Riluin... tanto faz. Até o nome pegamos, sem trazer a uma tradução portuguesa.
Qual é a razão de um sistema globalizado? Elos entre as culturas, rompimentos com os muros que separam países e grupos étnicos? Ou, sinceramente, seria um descaso às origens e receber de braços abertos costumes alheios, divulgados em cinemas e outras formas vinculadas à mídia?

Quem (realmente) é você?


Monólogo de Rei Ayanami, extraído do animê Neon Genesis Evangelion, no episódio "Seele, um lugar para a alma".


Montanhas, pesadas são as montanhas
Azul, céu azul
Algo que os olhos não vêem.
Algo que se pode ver.
O sol, algo que é único.
Água, algo que é agradável.
(...)
Flores, tantas iguais, tantas sem razão de ser.
Céu.
Vermelho.
Céu vermelho.
A cor vermelha, cor que eu odeio
O líquido flui.
Sangue.

Um cheiro de sangue

Uma mulher que nunca sangra.
Da terra vermelha vêm os humanos.
Humanos feitos por homem e mulher.
Cidade.
Uma criação humana.
(...)
O que são os humanos?

São criações de Deus?
Humanos são aqueles criados por humanos.

Isto é o que é meu:

Minha vida, meu coração.
Sou o vaso de meus pensamentos.
A escotilha de entrada, o trono da alma.

Quem é esta?
Esta sou eu.
Quem sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?
Eu sou eu.
Esse objeto sou eu
Isto que forma sou eu.
Esse é o ser que pode ser visto.
E ainda assim sente que não sou eu.
Uma sensação estranha.

Parece que meu corpo se derrete

Não posso mais me ver.

Minha forma desaparece de vista.
Aparece alguém que não sou eu.

Quem está aí?
(...)

Alguém que eu conheço?
(...)
Quem esta aí?
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?