domingo, 22 de março de 2009

A doçura na música japonesa - Maaya Sakamoto


Pra quem diz que japonês é um indivíduo estranho e que suicídio é o hobbie preferido deles, e que todo anime (aqueles desenhos dos personagens "zoiudos") é pokémon, logo coisa do capeta; apresento a vocês Maaya Sakamoto, cantora de JMusic... simplemeste cativante. É conhecida no Japão e no mundo pelo seu trabalho como dubladora e cantora, e sua voz cativa àqueles que acompanham suas músicas.

Comentava com um amigo que ela é feliz (risos) e isso é perceptível em suas músicas. Não, não sei japonês, mas sei consultar as traduções disponiveis no site do Terra e percebo quão rica são seus versos. A música "Hemisphere" retrata o conflito de viver neste mundo e a importância de fazer algo por ele:

"Pessoas seguem em frente
Apenas para viver
Eu continuo indo, como se as informações incompletas são reescreitas
Parece que eu comecei a andar sozinho num lugar despovoado
Até que eu fique mais confiante, eu quero corresponder as minhas expectativas (...) Eu quero saber mais sobre mim mesmo..."

A música Midore no Hane se baseia na esperança de cultivar a paz diante a dor insuportável e crescente que causamos a este mundo.

"Seja aonde for que esteja o amor do sol
Nós vamos a uma perdoável caminhada
A tristeza e a noite podem ser rasgadas em duas
Porque eu cantarei uma canção que carregue força..."

Por fim, uma das minhas favoritas, chamada Chibikko Folk (Pequenas Pessoas) ... Inspirada em Kafka tras emoção na melodia e em sua letra. Totalmente reflexiva, para mim é uma revelação do talento de uma mulher que apenas canta e traz sentimentos em sua voz. Eis a seguir a tradução:

-Pequenas pessoas-

Fechando o livro que eu estava lendo e guardando o pão que eu estava mordiscando, eu abri a janela e percebi
que uma única pena caiu na borda da janela.
Ninguém sabe onde os sonhos das crianças desaparecem

Eu vou procurar por eles
Eu vou resgatá-los

Eu gentilmente pus uma manta nas noites de insônia das crianças
que vivem em terras em que um odeia ao outro
e cidades que se ferem uns ao outros.
Eu estou ficando acordada.
Eu estou bem aqui então não se preocupe
Eu estou vigiando você então não se preocupe
Eu estou ao seu lado então não se preocupe

Kafka disse uma vez "se o Mundo inteiro luta contra você..."
Se o Mundo inteiro já lutasse contra mim,
se o que já aconteceu
Eu acho que eu me aliaria com o mundo do meu inimigo

Eu acho que eu jogaria fora tudo e lutaria
Eu acho que eu jogaria fora minhas armas e lutaria
Eu acho que eu jogaria fora tudo e lutaria
Eu acho que eu jogaria fora minhas armas e lutaria


ouça a música Chibikko Folk:



terça-feira, 3 de março de 2009

A felicidade aparece em aspectos misturados às situações do cotidiano. Ora, nos pega de surpresa.

Pra que esperar uma felicidade eterna, construída apartir de nosso medo de viver, uma vez que as pequenas coisas proporcionam momentos agradáveis? Dizem que eu faço pouco caso das grandes maravilhas e que me alegro com coisas ou situações triviais e, devido a isso, me torno alguém estranho. Estranho... viver é isso. "With Strangers" revela um pouco disso em sua canção...

Bom, o porquê desse desabafo vem a partir do encontro entre eu e a fotografia. Estávamos em ressacas de carnaval, não que bebemos excessivamente; a ressaca de um feriado improdutivo, lançado ao marasmo e à languidez de uma cidade esvaziada por aqueles que aguardam o término das festas para cairem na rotina de viver mais um ano. Deparei com a situação de registrar uma interação: A borboleta e sua flor. Mútua contemplação, a qual fui presenciar. Ali havia felicidade e me sentia feliz.

Registrei, fotografei, guardei na alma o momento em que permaneciam no fundo do quintal, no calor da tarde, três seres que necessitavam de metamorfoses para viver. E fui feliz e meu ato foi motivo de risadas... É aí que entra a frase que "ser feliz é fazer os outros felizes"?



segunda-feira, 2 de março de 2009

Como a mulher era vista...




Segundo o Gênesis: "multiplicarei seus trabalhos e misérias em tua gravidez, com dor parirás os filhos e estará sobre a lei de teu marido e ele te dominará."

Segundo Buda: " a mulher é má! Cada vez que tiver ocasião, toda mulher pecará.

Segundo Péricles: " as mulheres, os escravos e os estrangeiros não são cidadãos."

Segundo Eurípedes: "os melhores adornos de uma mulher são o silêncio e a modéstia."

Segundo Aristóteles: "a mulher é, por natureza, inferior ao homem... Deve, pois, obedecer. O escravo não tem vontade, a criança tem, porém incompleta; a mulher tem, mas impotente."

Segundo Paulo Apóstolo: "a mulher deve aprender em silêncio, com plena submissão. Que a mulher não ensine, nem domine o marido. Apenas se mantenha em silêncio."

Segundo Shakespeare: "você não sabe que sou mulher quando penso e tenho que falar."

Segundo Voltaire: "uma mulher amavelmente estúpida é uma bendição do céu."

Segundo Hegel: "a mulher pode naturalmente receber educação, porém não é adequada às ciências mais elevadas, à filosofia e algumas artes."

Segundo Oscar Wilde (iiiiiiiih...): "todas as mulheres acabam sendo como suas mães: essa é a tragédia."

Segundo Ortega y Gasset: "a mulher parece resolvida a manter a espécie dentro de limites medíocres. A procurar que o homem nunca chegue a ser semi-deus."

Segundo Elias Canetti: "sua confusão era tal que começou a piorar mentalmente, como uma mulher."

Segundo John Donne: "enquanto você repousa... eu descanso."