terça-feira, 28 de agosto de 2007

Humano, demasiadamente humano.


As palavras de Nietzsche acerca do comportamento humano e das falhas de determinados individuos de classificar determinados atos como verdades absolutas simplesmente me convenceu de que estou andando num caminho menos tortuoso, bom, pelo menos há como eu justificar meus incontáveis erros, desde o ato de deixar a pasta de dente destampada como não devolver o troco a mais quando vou à padaria (depois deste fato, tenho ido à padaria mais vezes pra ver se um raio realmente cai mais de uma vez no mesmo lugar).


Deve-se considerar, isso é o que penso, que todo tipo de análise acerca das ações humanas e sobre o próprio homem é levado em conta num curto espaço de tempo. Não existe uma análise exata do homem, assim como não existe um único ponto de vista acerca da história. "Não há fatos eternos, assim como não há verdades absolutas" (Nietzsche). Na medida em que acredito que o homem caiu na maldição de Gabriela, onde ele "nasce assim, cresce assim e morre assim", ou que "pau que nasce torto, morre torto", eu passo a desacreditar na grande virtude unicamente humana acerca da capacidade em se reorganizar humanamente e dar uma nova chance à sua vida. Quando o homem é submetido (me encaixo neste perfil, por ser humano tambem) à eterna punição ser miserável, devido a sua ousadia de "comer da sagrada fruta do Éden" automaticamente nos tornamos seres sem futuro, vagando e mendingando aos "deuses" seu perdão. E a cada dia somos expulsos do paraíso, às vezes sem sabermos o real motivo; quando não somos expulsos, acabamos tomando o posto do "deus castigador" e lançamos os "pecadores"(ladrões, prostitutas, homossexuais, agnósticos, ateus, e outros não-cristãos, porém humanos) aos infernos criados pela intolerância.A saída é acreditar e pôr em meios concretos as idéias de Nietzsche; para aqueles que ignoram a instabilidade humana logo te tacharão de louco, por propagar idéias de um louco.


Quanto à minha consciencia, prefiro acreditar que a humanidade é ainda portadora de mudanças, compreendendo que se humanizar e permitir que os outros se humanizem é o passo para que a loucura se transforme em lucidez.




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