quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Into the Wind


Não lembro quando foi a primeira vez que tive contato com o mar; mas tenho lembranças da minha tamanha surpresa diante daquela imensidão, que via apenas em fotografias, ou narrações daqueles que o conheceu. Os únicos presentes do mar são golpes muito duros e um sabor nada doce em conhecê-lo. Mas é gostoso... A chance de sentir- se forte também é frequente quando somos banhados por seus golpes.


Eu não conheço muito o mar, no sentido mais profundo do verbo "conhecer", mas sei que as coisas são assim. E também sei como isso é importante na vida. Não necessariamente ser forte, mas SENTIR-SE forte; confrontar- se ao menos uma vez na vida consigo mesmo e pesar os desejos mais profundos e íntimos, e chegar a uma conclusão de que a felicidade é plena quando partilhada. Achar- se ao menos uma vez na vida, na mais antiga condição humana, enfrentar aquela pedra cega e surda a sós... Enfrentar a si mesmo, sem outra ajuda, além das próprias mãos e mentes.


Aquelas perguntas continuarão vindo, sinto isso. Mas considero que, talvez, se as respostas para tais questionamentos viessem tão rápidas e pré- fabricadas, com certeza não aproveitaria o pôr-do-sol sortanejo numa tarde de domingo, ou relembraria o sabor salgado e forte do mar.


Muito Obrigado.








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