terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Percebo as sombras que a nuvem faz"...


...e não percebo as mudanças que elas trazem a mim.
A minha juventude vivida entre contrastes visuais e platônicos, se enraiza num contexto vulnerável perante as interações. Sim; as interações que abordam o eu, a forma que rege o eu, a casca que me cerca.
Como sombras, retratam uma aparência. Dizem que as sombras por si não existem: é necessário que a real forma esteja em frente da luz para que a sombra nasça. Mas eu a vejo; como é possível ver algo que não existe? Partindo de mim, como é possível encontrar coisas em mim se estas não existem? E se existem, onde estaria a luz para que a sua forma original se projetasse? Sim, e se existisse a luz, onde estaria a forma original para que, com o auxílio desta, manifestasse a sua sombra?

Um comentário:

*** Cris *** disse...

Bom dia!
Adorei seu texto,nuvens sempe me trazem algo novo.
Um abraço!